Thursday, September 30, 2010

Misfits

Apercebi-me de que nunca tinha falado aqui de Misfists.


Esta é uma série televisiva completamente teen mas isso não me impediu de gostar bastante da primeira season, fez-me rir e tem uma excelente banda sonora.

Muito sucintamente: a série é sobre um grupo de miúdos (18/19 anos?) que ganham superpoderes ao serem atingidos por relâmpagos durante uma enorme e estranha tempestade enquanto cumpriam horas de serviço comunitário (como pena por terem cometidos pequenos delitos).

Tuesday, September 28, 2010

O Cibernauta

Uma loucura de tamanho ainda indeterminado começa a tomar forma na cave do Cibernauta mas, como ele não tira os olhos da frente do computador, nem a vê. Cresceu a ver Tron e pensa que é uma questão de tempo até conseguir passar para o outro lado, para o “Ciberespaço”, porque só pode ser uma questão de tempo até ele se  misturar com o cérebro inventado e coerente de uma motherboard.

Ele fala português, inglês e klingon, ama a Mulher Maravilha e tenta ver o dia a dia, o complexo mundo exterior, como um mau filme em 3D. É inteligente e dança ao som de Kraftwerk num laboratório repleto de  CPUs, network cards e modems. Não esquece o passado e guarda com carinho as obsoletas floopy drives em várias gavetas etiquetadas com nomes de diversas experiências falhadas. As ilusões são como açúcar mental, e um corpo dissolvido cabe em qualquer lado.

O Cibernauta só precisa de um fio condutor e da fonte de energia adequada. A evolução não tem limites definidos e a massa cerebral humana actualmente ocupa apenas 2% do peso total do corpo.

Aos poucos ele vai-se dissolvendo. 2% da matéria constituinte do Cibernauta diluem-se numa solução electrolítica. Ele pensa em ficheiros zip e inclui todas as firewalls que existem actualmente na sua lista de inimigos.

O portal USB, a entrada para a Cibercidade, reconhece o Cibernauta como parte integrante da sua crescente e fiel comunidade, sem formas, sem sexos, detentores de toda a informação existente no mundo.

E, pela primeira vez na vida, ele relaxa, sente o corpo que não possui mais, descartado algures numa cave já esquecida,  a expandir-se e a saborear cada sorvo de electricidade. Aos poucos, o Cibernauta viaja através de ondas magnéticas e percepciona o dia a dia protegido num descomplexo mundo interior.

Evolução classificada como vírus.


Por: (Sleepy) Snow White

Imagem tirada daqui.

Monday, September 27, 2010

Completamente random

Ando há uma semana inteira a tentar ler o primeiro livro de uma saga de fantasia chamada Wheel of Time. As primeiras três paginas são excelentes mas arranjo sempre outra coisa qualquer para fazer em vez de continuar a ler o livro. Se calhar é tão bom que eu estou é a tentar prolongar o prazer.



Por falar em prazer.

No outro dia tive um sonho mesmo épico, misturava a época vitoriana com Lord of the rings (todos os homens eram parecidos com o Aragorn) mas sem magia e sem anéis e o ponto de encontro de todas as personagens era em cima de uma ponte enorme. Ah, e por baixo da dita ponte passavam gôndolas. Gostava de me lembrar do enredo. Deixei de apontar os meus sonhos em papel há alguns anos atrás mas hoje parece-me um bom dia para retomar esse hábito.

A parte deprimente de apontar os sonhos logo ao acordar é que, na altura em que os estamos a escrever eles parecem qualquer coisa do outro mundo mas depois, quando já estamos completamente acordados e os decidimos reler, pensamos: “foda-se, isto não faz sentido nenhum”.

Ou sai algo do género:

E ele, sem olhar para trás, sem querer enfrentar mais lágrimas e despedidas, endureceu o que lhe restava do que em tempos chamou de coração, enterrou o chapéu até às orelhas e cavalgou em busca de vingança numa terra sei lei.

What's this shit?

Passei o dia a pensar em cowboys e em timidez cibernética.

Hum. Cowboys...

Spike Spiegel?


Saturday, September 25, 2010

Jiraishin/Ice Blade

 Não resisti mais e comecei hoje a ler Jiraishin Diablo.  

Kyoya Ida

Kyoya Ida é uma das minhas personagens favoritas de sempre em manga. Inteligente, misterioso e sem grandes escrúpulos, Ida é um detective que não olha a meios para conseguir resolver os casos que lhe são atribuídos (exactamente como eu gosto). A arte é fantástica, as restantes personagens também são interessantes e o plot, apesar de muitas vezes roçar o inconsistente, não deixa de ser sedutor.

Nem os ocasionais momentos melodramáticos me incomodam, mas como gosto praticamente de tudo o que o Takahashi Tsutomu faz, não era isso que me ia impedir de desfrutar da awesomeness que esta manga é.

Jiraishin, ou neste caso, Ice Blade estava a ser publicado pela Tokyopop mas estes desistiram  do título após 3 volumes (são 19 no total) por isso, a não ser que percebam japonês, estão condenados a acompanhar esta manga através de scanlations, o que é pena.

about the weather

We'll wear sunglasses in the rain and pretend that summer never went away.

Thursday, September 23, 2010

Pontos de vista

Ele diz, defende, jura e acredita que “um romance nasce sempre do nada”. Ela nega, contradiz e diz que “um romance nasce sempre de alguma coisa”. Agastam-se um ao outro mas nada os faz parar de, cuidadosamente, rodopiar por entre as peças de um eterno jogo de tabuleiro. Estão perpetuamente presos num suspenso passo seguinte. As peças e o tabuleiro vão mudando de forma e de lugar mas regras do jogo nunca são definidas. Não há tempo. Não pode ser hoje, nem amanhã, nem depois. Dizem eles que estão a viver um romance, que é tudo por amor. Entre gritos e silêncios penosos dá-se uma ansiada pausa e tanto um como outro olham de soslaio para as peças que não pertencem ao jogo de tabuleiro que ambos tanto se entretiveram a jogar. Novos interesses são despertados e começa assim a proliferação de um e outro romance. Não dizem que traem, actos não acontecem. “São os teus olhares” grita ela, “são os teus pensamentos”, grita ele. Mantêm-se assim juntos em repetidas tentativas de separação. O mundo sem regras dos devaneios vigora. Imaginam que não são eles próprios. E amanhã? Como vai ser o quê e quem vai ser quem? Tentam os dois negar assim a proliferação estonteante de um ou outro romance.

"It's about time someone got it right"



Leio demasiada BD em tempo de aulas (literalmente).

Mal me deparei com FVZA  suspeitei logo que esta BD me ia agradar, mas não esperava nada ser seduzida logo pela introdução. FVZA é genial, os vampiros assemelham-se fisicamente ao Nosferatu do excelente filme de F.W. Murnau de 1929 e os Zombies são George Romero’s zombies. Portanto, até aos picuinhas esta BD de certeza que agrada.

FVZA é uma agência especializada em exterminar zombies e vampiros mas, como as ameaças destes aos poucos vão deixando de se fazer sentir, a agência é, inevitavelmente, encerrada. Obviamente que isso não impede o Dr. Hugo Pecos, ex director da FVZA, de se mudar para o deserto e preparar os netos para uma futura ameaça vampírica porque, se há uma coisa que toda a gente sabe sobre vampiros, é que estes mais tarde ou mais cedo acabam sempre por sair das sombras.

Estou oficialmente viciada na Radical, não há uma única BD deles que não me agrade. Basta folhear umas páginas de qualquer título dessa editora para não conseguir resistir a trazer um TPB para casa (e aqui no Porto o Mundo Fantasma é o culpado da ruína das carteiras dos BDéfilos).

“FVZA brings the horrors without losing the humanity; because, after all, stories about monsters are stories about us.”
(Awesome) David Hine

Based on the Website created by: Richard S. Dargan
Writer: David Hine 
Penciller : Roy Allan Martinez
Painter : Kinsuh Loh & Jerry Choo
Letterer: Richard Starkings & Comiccraft's Jimmy Betancourt
Editor : Luis Reyes
Conceived by: Beau Flynn and Tripp Vinson
You can find it in: Livraria Mundo Fantasma

Wednesday, September 22, 2010

I'm not supposed to be like this, you know



"You were at my door
I heard you knocking but I didn't care at all
I had been in all night just staring at the wall
I didn't really want to see you anymore
..."

Monday, September 20, 2010

Rex Mundi Volume 1: The Guardian Of The Temple

E foi esta a BD que me pus a ler ontem.

Rex Mundi #1
Gostei, não achei excelente mas tem, sem dúvida, o seu charme. A acção passa-se nos anos 30, numa Europa alternativa, interessante e dominada pela Inquisição. É uma BD cheia de conspirações religiosas, magia (sim, magia), segredos e uma personagem principal com um nome que me agrada; Julien Saunière.

A arte é fantástica e detalhada e depois de cada issue vem um pequeno artigo de jornal do mundo de Rex Mundi que dá um tom ainda mais atraente à BD.

Writer: Arvid Nelson
Artist: Juan Ferreyra
Cover Artist: J.H. Williams III
You can find it in: Livraria Mundo Fantasma
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