No estúdio o peixe contorcia-se. Dentro de um aquário cheio de água suja ele contorcia-se e contorcia-a à espera que a água fosse limpa. Morreu sem grandes consequências. No dia seguinte um outro peixe tomou o seu lugar e o dono nem sequer deu pela diferença entre os dois. O novo peixe herdou o nome do defunto. Este, por sua vez, morreu de fome. O dono tinha ido de férias e quando voltou suspirou e pescou o peixe com uma rede. Atirou-o para a sanita e puxou o autoclismo. A água rodou e rodou e o peixe desapareceu da vista do homem.
O terceiro peixe era louco. Este fazia-se notar, passava a vida a saltar à superfície do aquário. Não conseguia de forma alguma compreender que no ar não voava. Quando o dono deu pela sua falta, este terceiro peixe jazia morto fora do aquário. Desta vez o homem não soltou um suspiro. Sorriu o sorriso dos homens. O demente peixe parecia ter tentado imitar de uma forma abrupta e irreflectida a teoria da evolução. Lamentavelmente não deixou de morrer peixe como os outros.
1 comments:
:) que fixe!
Post a Comment