Inception

Fui ver o Inception ontem.

           O Leonardo DiCaprio desempenha em Inception exactamente o mesmo papel que desempenhou em Shutter Island, aliás, várias vezes durante o decorrer do filme de Christopher Nolan, senti-me como se estivesse apenas a rever algumas cenas da última película de Martin Scorsese.

A ideia base de Inception não é original, ao contrário do que tem sido dito (Paprika usa o mesmo conceito e explora-o de uma maneira mais estranha mas, ao mesmo tempo, muito interessante). No entanto e, muito honestamente, nada do que mencionei até agora me irritou ou frustrou (vários filmes têm os mesmos conceitos de partida e isso não os impede de serem geniais e distintos uns dos outros), aquilo que realmente me desiludiu foram os derradeiros segundos finais de Inception pois, pessoalmente, considerei o desfecho deste filme simplesmente idiota, uma vez que tem a infeliz ideia de tentar fazer o filme parecer mais inteligente do que o que ele realmente é. O que é uma pena porque, se não fossem aqueles míseros segundos finais, Inception seria brilhante e não apenas “muito bom”.

 Não me vou alongar mais, já disse o que queria dizer, reviews há aos montes espalhadas pela internet para quem estiver interessado em as ler. Só as acho exageradas, pois classificam Inception como sendo uma obra-prima detentora de uma elevada complexidade. Poupem-me. E não é só por causa dos últimos três segundos que o filme falha em ser uma obra prima, ele tem lacunas, várias. Dizerem “oh isso é tudo muito subjectivo” não as preenche. Inception tem falhas e ponto final.