Thursday, December 13, 2012

Ah, Dezembro.

As coisas já foram melhores e algumas vezes piores. Quando se está sozinho, realmente sozinho, por momentos atacam as vertigens. Depois segue-se o sacana do pânico e fica-se indefeso porque as realizações, mesmo as recorrentes, nunca se afundam fundo o suficiente. Andam à deriva na sopa de puzzles mentais. Aqueles que nunca se completam. Depois procuramos a todo o custo edificar laços, criar uma família atrás de uma outra que já falhou, com pessoas que na realidade não nos são nada. E aí dá-se tudo o que se tem, tudo de bom, e como se dá o bom estranha-se o mal dos outros, que está presente, ainda que em diferentes quantidades, em todos nós.

Por fim, quando se deu tudo o que se tinha de bom, fica-se com tudo o que se tinha de mau e é aí que a solidão, como uma doença oportunista, ataca novamente só que desta vez já se chega a nós com um sabor mais ressesso.

7 comments:

euexisto said...

"Chego ao fim apelando para aqueles e aquelas que estão a sofrer e que podem estar a ler isto. Sofrem porque partiram uma perna, porque o namorado as/os deixou, porque a mãe morreu, porque o filho ou a filha morreu, porque têm medo de vir a não ter dinheiro, etc. Sofrem e isso basta-me. Não estou a gozar. Estou convosco. Já sofri. Neste momento, não sofro. Mas o sofrimento tem muito valor. Tem todo o valor. Nunca devemos procurar o sofrimento. Mas temos que o enfrentar quando ele vem. O sofrimento é o mau tempo."
Adília Lopes

Coragem

Snow said...

Isso é bonito

Mao Mao said...

We can always be better than this. But sometimes we just don´t know.

Severo como o caraças said...
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Severo envergonhado said...
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Extremamente Severo said...
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Snow said...

hum.

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