Monday, September 30, 2013

after the apocalypse

E se os zombies fossem reabilitados de forma a serem novamente integrados na sociedade? E se essa sociedade fosse uma pequena vila rural repleta de habitantes com mentes igualmente pequenas?

A primeira temporada é composta por apenas três episódios e cada um parece mais curto que o outro. In the flesh é refrescante (tendo em consideração tudo o que anda a sair sobre o género, o termo “refrescante” não é dizer pouco).

O protagonista da série é um Zombie  que tal como todos os outros zombies, mordiscou a sua quota parte de miolos mas, uma vez "curado" é atormentado pelas coisas que fez antes e depois de morrer.

Ah, e não é todos os dias que se vê uma Zombie a citar Dylan Thomas.

Saturday, September 28, 2013

I fucked up my whole life because of the way you sing

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJqS_045yZnXcKqJW5ehLpaeGdGzO24pyPoGdnX3eru39BRx5C6EetZkeSLtoV5Ab-z5Gw6BNurrGUfsaWNYfC5VdQE4QETWDhL4h4n3j-w2SHcuslIDLybWUpmaVIgNzFBsaf2ZP4GnZ6/s1600/before-midnight.jpg
Still there. Still there. Still there. Gone.

Wednesday, September 25, 2013

Filosofia da treta, principalmente porque tenho sono

      Andei uns bons anos a dizer “é a ultima vez que isto ou aquilo me acontece” mas nunca era. Tentei ser sincera mas a sinceridade é um risco quando é mal manuseada. A sinceridade que não é ensaiada peca por cair facilmente no ridículo. E uma vez humilhadas, nós as pessoas, ou nos humilhamos mais ou nos cobrimos de um orgulho cego. É uma pequena barreira que quando quebrada dificilmente se levanta de novo. A dependência doentia que daí advêm é vergonhosa. Está assim aberto o caminho para a perda de respeito.

      Amor. Confiança e Respeito. Parece fácil. Não é. Não é mesmo nada fácil. É aquele primeiro passo que não devia ter sido dado mas foi, é aquela tristeza que já é tão opressiva que não dá espaço para mais nada. O negativismo parece um buraco negro. E este engole o lugar dos sonhos. A vergonha de se dizer aquilo que se queria ser toma conta. E não é que o ser humano também desvaloriza? Como a moeda, e as acções e aqueles coisas chiques do mercado. Mas não se pode parar por aqui pois o adulto tem de simular esperança, comprar um carro novo às prestações e entregar-se a outra pessoa sem sentir aquela coisa que não sei bem o quê mas que faz diferença. Há que se levantar no dia seguinte. E com quem se pode contar? Não comigo ou contigo. Confia e respeita-te. Ninguém é melhor do que ninguém.

Saga


I will.

Tuesday, September 24, 2013

Lucia Luz

        Lúcia acordou antes de a manhã nascer, beijou as costas do homem que dormia a seu lado e pôs uma t-shirt antes de sair do quarto e acender um cigarro enquanto entreabria a janela da sala. Mais um dia sem escrever, sem trabalho, sem sol. Mais um mês assim e nem dinheiro tinha para cigarros. Coçou a cabeça, a eczema tinha-se alastrado até ao pescoço e ela começou a espetar-lhe as unhas enquanto observava com atenção o nascer do sol. Bem, não o nascer do sol porque os prédios tapavam essa bendita visão. Apenas testemunhava o fraco desvendar luminoso de um típico dia de inverno. Sem meias medidas atira a beata para o terraço do vizinho de baixo, passa os dedos pelo cabelo e veste uns jeans já demasiado gastos que estavam caídos no chão calçando por fim umas botas quentes e ligeiramente mal cheirosas. E como acredita genuinamente que o pequeno-almoço é a refeição mais importante (e por vezes única) do dia prepara uma taça de cereais com leite frio. Come de pé e apressadamente e, depois de arrumar a tigela, passa novamente as mãos pelo cabelo curto e  oleoso. Liga a TV num canal que passa programas de animais, descobre que na Índia se bebe mijo de vaca para curar o cancro e a sida e ri-se desdenhosamente da esperança dos outros. Terminado o ritual matinal vai ao quarto buscar as moedas esquecidas em cima da secretária e guarda-as no bolso.

Wednesday, September 11, 2013

No change

Situation normal, all fucked up.

Saturday, September 7, 2013

Still hunting Dragons

Passo os dias tão preocupada com coisas básicas, que é que vou fazer para o jantar e se tenho arroz e papel higiénico em casa, que quando olho para mim e começo a contar as rugas e noto as covas debaixo dos olhos já começo a pensar em cremes e bases que tampem a devastação que para aqui vai.

Os 30 são fodidos. É que nem me deixam à vontade para dizer fodidos, quase hesitei em escrever a palavra. E parece que vou ter de lavar a boca com sabão depois deste post.

Esta transição não está a correr bem.

Há anos que já não me dou ao trabalho de fazer uma trança esguedelhada no meio do cabelo e confesso que muitas vezes já me rio para aquele quim ou aquela joana só porque tem de ser. Lá se foi a minha integridade tão bem imaginada dos 20. Ando a convencer-me que o conceito desonestidade natural (a idade anda também a escoar-me a imaginação) é viável e até se parece justificar nesta idade manhosa.

E tenho medo porque a raiva dos 20 ainda cá ficou. Assuntos mal resolvidos. Ora bolas. Assim não.

Vá.

Mas ainda vou comprando comics e lendo livros do Stephen King no meio de outros mais "Sérios" que supostamente me fazem ver um pouco mais longe. Mas, como sabem, eu tenho sérios problemas de vista.
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